Implementar um projeto de EAD corporativo requer planejamento e entender as fases que contem o ciclo de vida de um projeto é um grande facilitador. A visão de que um planejamento inicial forte é importante e deve estar sempre presente. Aliás, é essa qualidade que vai garantir uma vida longa ao treinamento. Contudo, o plano de e-learning corporativo deve ser dinâmico. Seguir o plano friamente, sem ajustes, e aguardar pelos resultados não é a melhor estratégia.
Os cenários em que as organizações estão inseridas mudam muito rápido. Então, existem diversas situações, em que a flexibilidade assume um papel muito mais relevante do que a base inicial do projeto. Ou seja a mudança é inexorável. Quando o assunto é conteúdo, fica cada vez mais difícil fazer planejamento único de longo prazo (o que não quer dizer que não exista um plano que vai sofrendo alterações conforme as demandas). O conteúdo, o cenário e até a linguagem mudam. Neste contexto, uma estratégia de e-learning corporativo deve contemplar o uso de experimentos para validar antes de aplicar. É essa dança ativa de experimentos que tornarão o investimento mais seguro, e o ciclo de vida de um projeto mais longo.
Começar pequeno para crescer e evoluir o ciclo de vida de um projeto
A ideia é que o planejamento ocorra de forma gradual, implementando pequenos trechos, ou seja, partes do que será o projeto completo. Implementar, neste caso, significa colocar em funcionamento com os colaboradores. Seguindo esta estratégia pequenos erros são eliminados e não se propagam para um projeto final que esteja desajustado.
Esse é o conceito de desenvolvimento ágil sendo trazido para a nossa área. Leia mais no artigo sobre projeto piloto de e-learning.
Esta perspectiva ágil privilegia lançamentos curtos, contínuos, com validação e melhoria constantes. Nenhum processo nasce pronto. É através de ciclos de avaliação e refinamento que se constrói um trabalho maduro e consequentemente um longo ciclo de vida de um projeto.
Agora conheça os diferentes estágios de amadurecimento de um ciclo de vida de um projeto! Mas não se esqueça: as fases apresentadas são modelos de referência. Cada organização tem sua realidade. Mas existe uma regra: não é possível começar com um projeto maduro, tudo é uma construção!
Fases do ciclo de vida de um projeto de EAD
Embrião: nascer, sair do papel
Tudo começa com uma decisão: a empresa está precisando de e-learning corporativo. Contudo, desde a tomada de decisão até que algo de concreto aconteça muita água corre. E antes do nascimento é vital buscar apoio interno e validar a necessidade de implementar o programa. É nesse momento que o apoio “daquele” diretor se torna fundamental, afinal será ele o patrocinador interno do projeto. E não estamos falando apenas de questões financeiras, mas também, e particularmente, de condicionantes políticas.
Ou seja o estágio de embrião é onde o maior planejamento ocorre, então essa é uma etapa crucial para garantir o pleno desenvolvimento de um ciclo de vida de um projeto saudável. Por isso, sempre que possível é recomendada a realização de um projeto piloto para validar as hipóteses com maior velocidade.
Criança: crescer saudável
Neste estágio já temos alguns indicadores positivos, resultados que vieram do projeto-piloto. Porém, é necessário lançar os treinamentos seguintes, sem cometer os erros detectados. Sendo assim, esse é o momento de apresentar o conteúdo mais extenso, e expandir para um público maior. E é nesse “escalonamento do conceito” que buscamos mostrar que aquilo que foi apresentado e melhorado no piloto pode atingir o público maior desejado.
Inclusive, neste estágio também se caracteriza pela necessidade de aplicar mais energia em captar e registrar o conteúdo que ainda não saiu da mente dos profissionais. Pois é esse conteúdo que se transformará nos diversos treinamentos de e-learning corporativo.
Qual é o maior desafio dessa fase? A cultura organizacional. Enquanto no piloto o público é escolhido a dedo (e é uma amostra pequena), agora temos muito mais pessoas, com seus perfis próprios e também seus preconceitos característicos.
Além disso, o gestor do treinamento agora tem outro grupo para conquistar: os gestores diretos do público-alvo do curso. É comum problemas de engajamento causados por barreiras colocadas pelos próprios supervisores diretos. Para trazê-los a bordo é necessário um excelente alinhamento dos motivos do treinamento e do impacto que o mesmo terá nos resultados do colaborador.
É uma fase em que é essencial um enorme foco na cultura interna, trabalhando o levantamento de necessidades e a captação do conteúdo relevante para os treinamentos.
Mudar é difícil. O nosso conselho é: concentre suas energias na mudança de mentalidades e comportamentos e coloque o máximo que puder da execução com seu fornecedor de confiança.
Adolescência: ganhar força e independência
O e-learning corporativo está indo bem. Até os mais desconfiados já deram parabéns!
Nessa etapa o gestor está mais confiante para experimentar abordagens mais complexas como blended, storytelling e simulações.
Porém, lembra daquele seu diretor patrocinador, que te ajudou no início? Pois bem, ele agora pretende que o projeto se expanda para outras áreas (ou para empresa toda!). Achou que agora ia ficar fácil? A jornada ainda nem vai no meio!
Para viabilizar o aumento e produção de um volume maior, pode ser interessante e necessário produzir algumas partes ou até alguns cursos internamente, principalmente de temas mais informativos.
É o momento certo para buscar maior independência do seu fornecedor de confiança. Alguns caminhos são o uso do Rapid Learning, desenvolvimento do conteúdo com base no powerpoint, contratação de um colaborador com competência de design instrucional e até aquisição de uma ferramenta de autoria.
Idade adulta: a conquista da maturidade
Atingir a idade adulta não é sinônimo de acomodação. Na verdade, é apenas uma mudança de foco: é o momento de pensar em planos de longo prazo, construindo sabedoria e estabilidade.
Nesse estágio você já tem um modelo de e-learning corporativo de sucesso definido. Parabéns! Sua equipe está também mais apta para produzir e gerir cursos.
Agora é o momento de melhorar as avaliações e procurar cruzar dados de treinamento com resultados. Um indicador de maturidade é quando a gestão dos conteúdos passa a ser por função (ou cargo) com trilhas específicas estabelecidas. Neste contexto, existem, treinamentos de formação, com reforços periódicos (reciclagem) e certificação com validade definida.
Nessa fase uma boa parte dos colaboradores da empresa já participam do e-learning corporativo, e não só eles mas também seus parceiros de negócios. Estamos falando de pontos de venda e até assistência técnica.
E na sua empresa? Como está sendo o amadurecimento do e-learning em sua organização? Será que ele precisa de melhorias? Fale com a Líteris, podemos ajudar!