Na semana passada lançamos por aqui um artigo sobre o Get Things Done (GTD), uma metodologia de gestão do tempo fantástica e, junto com ele, uma video aula no formato “pílula de conteúdo” para complementar.
Produzimos esse material simulando a produção interna de uma empresa, sem que houvessem equipamentos profissionais ou alguém especializado na produção. Nem mesmo o apresentador, no caso, eu (risos).
Para fazer a gravação da tal video aula, seguimos o nosso próprio ebook sobre Produção Interna de vídeo aulas e as dicas de alguns artigos sobre o assunto que lançamos no início do ano.
Pois bem, mas onde quereremos chegar? Tivemos a ideia de fazer este post para discutir com você sobre como produzimos esse conteúdo em vídeo e também para compartilhar alguns aprendizados. Vai ser mais uma prova de que qualquer um, bem intencionado, pode ser capaz de produzir video aulas para seus treinamentos!
O que precisamos para gravar nossa video aula sobre GTD?
Bom, como nós falamos acima, foi uma produção feita 100% internamente. Exatamente para simular as dificuldades dos nossos clientes. Não chamamos ninguém especializado, mas pegamos os equipamentos domésticos que tínhamos à mão e resolvemos gravar.
A única coisa que compramos para a gravação foi o microfone – mas foi tão barato que nem conta e além do mais, poderemos usá-lo várias vezes daqui pra frente. Ou seja, um pequeno e útil investimento.
Infelizmente, como foi só um experimento, acabamos não pensando em um super making of para compartilhar com vocês. Ficou apenas essa foto.
E também é prova para os incrédulos que não acreditaram que o diagrama estava desenhado a mão no quadro. É a mão firme da nossa Camila Spinola mesmo rs.
E então, vamos registrar aqui alguns dos aprendizados que brotaram desta experiência. Veja só:
#1. É preciso revisar o script
Não fui eu quem escreveu o roteiro para o vídeo que iria apresentar. Na hora H algumas expressões soavam estranhas para mim e eu errava a leitura. Fica a dica: o instrutor deve sempre revisar o texto, adaptando a linguagem para o seu jeito de se expressar.
#2. Os ensaios são sempre bem vindos
Eu não ensaiei, pois conheço bem o conteúdo, tanto que uso a metodologia citada diariamente. Por esse motivo achei que seria muito fácil…. Errei pra caramba por isso e pelo item anterior.
Isso fez toda a sessão de gravação demorar mais, ocupar mais pessoas e também me deixou bem cansado. No fim, a qualidade geral caiu um pouco. Lição aprendida ✓
#3. A hora de preparar o fundo ou background
É difícil achar um fundo interessante e que não atrapalhe. Temos um painel lindo aqui na empresa e é fosco, não reflete iluminação – seria ideal. Porém usamos o quadro branco, que é um pouco mais difícil de usar, para simular a situação que maioria dos nossos clientes tem disponível. É bem simples, não atrapalha e você pode usar como apoio para anotar algumas coisas ou fazer algumas ilustrações.
Por outro lado ele reflete bastante se você usar uma iluminação direta, por isso tome cuidado com este aspecto.
#4. Captação do som e ruídos
Em um ambiente razoavelmente silencioso, um microfone de lapela médio resolve muito bem! Escolhemos o Vivitar VIV-MIC-903: bom, bonito e barato – e consideremos o áudio bom. Quer saber? Ele custou menos de R$ 200, um investimento justo, não é mesmo?
O problema é que nem toda câmera que não é profissional aceita usar microfones. A maioria não tem o conector. Se for o caso da sua, vale a pena comprometer um pouco da imagem e usar um bom celular para captar as imagens, afinal, o microfone que usamos funciona em smartphones também.
Em caso de dúvidas, na hora de comprar um microfone, leve sua câmera junto a loja e veja quais são os modelos compatíveis com ela.
#5. O ajuste da iluminação
Esse acabou sendo nosso pior problema e muito provavelmente será o seu também. Gravar aproveitando a luz natural ajuda demais, mas se você ficar de lado para ela, seu rosto pode ficar dividido, com sombras. No nosso caso usamos uma luminária comum como iluminação secundária, mas na edição, tivemos que aumentar bastante o brilho para disfarçar, prejudicando um pouco a imagem.
Os tripés de iluminação são bem baratos, mas vale experimentar vários ambientes e posições para tentar evitar essa compra, pelo menos nos primeiros experimentos.
#6. Trilha sonora da video aula
A trilha sonora baixinha no fundo deu um acabamento para o nosso vídeo. Em geral, eu mesmo costumo dizer que atrapalha. Mas como tudo em treinamento, depende do contexto. Nesse conteúdo estilo pílula de aprendizado a música não atrapalhou, pelo contrário, deu um toque final.
E se eu resolver usar um estúdio?
A estrutura do estúdio e consequentemente o técnico dele resolverão tudo isso de forma bem simples para você, com isso você poderá focar no conteúdo – o que é ótimo e a qualidade geral da vídeo aula vai ficar bem superior. Mas saiba que usar um estúdio é uma das partes mais custosas quando falamos em gravação de vídeo aulas profissionais. E também tem a questão logística
Uma boa ideia pode ser montar um espaço para gravação de pequenos vídeos na própria empresa. Alguns clientes já fizeram isso e definitivamente, obtiveram sucesso. Se você tem uma parede de cor adequada, sem brilho, uma iluminação intensa e silêncio, já tem meio caminho andado.
Conclusão: vale a pena fazer a video aula assim?
Gravando internamente com criatividade, planejamento e um pouco de paciência, é possível fazer materiais de boa qualidade para treinamento (não para publicidade, obviamente, rs) de forma rápida e eficaz. A velocidade de produção somados ao baixo custo, fazem essa ser uma excelente abordagem.
Planejamento e ensaio são fundamentais, mas como sempre, o conteúdo é o rei. Ele precisa ser muito relevante, mas mesmo assim, lembre-se que a janela de atenção das pessoas é curta. Por isso a dica final é: faça vídeos curtos! Faça quantos quiser, mas sempre curtos!
Você já tem alguma experiência com a produção de video aulas? Compartilhe aqui nos comentários!