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Atualização da NR-1: O que muda em 2025 com a inclusão dos riscos psicossociais no PGR

O que é a NR-1 e qual sua função nas NRs?

A NR-1 é a Norma Regulamentadora que estabelece as disposições gerais aplicáveis a todas as outras NRs relacionadas à segurança e saúde no trabalho. Com a atualização da NR-1 em 2025, seu principal papel é definir diretrizes, responsabilidades e estruturas para a aplicação de medidas preventivas nos ambientes laborais.

Ela serve como base para o gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO), exigindo das empresas a implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que inclui a identificação de perigos, avaliação de riscos e definição de ações preventivas e corretivas.

O que muda com a atualização da NR-1 em 2025?

A partir de 26 de maio de 2025, a NR-1 passará a exigir a inclusão dos riscos psicossociais no PGR. Ou seja, além dos riscos físicos, químicos, biológicos, de acidentes e ergonômicos, as empresas também deverão mapear, avaliar e controlar fatores psicossociais relacionados ao trabalho.

Esses riscos abrangem aspectos como estresse ocupacional, assédio moral e sexual, sobrecarga de trabalho, metas inatingíveis, relações interpessoais conflituosas, ausência de suporte emocional e clima organizacional tóxico. A mudança representa um avanço importante no reconhecimento da saúde mental como parte essencial da saúde ocupacional.

A fiscalização será educativa até maio de 2026, mas as empresas já devem iniciar o processo de adequação para garantir conformidade e preservar o bem-estar dos colaboradores.

O que são riscos psicossociais e por que devem ser gerenciados?

Riscos psicossociais são fatores relacionados à organização, gestão e dinâmica do trabalho que podem afetar negativamente a saúde mental e emocional dos trabalhadores. Eles não são visíveis como agentes químicos ou físicos, mas seus efeitos são profundos e crescentes no ambiente corporativo.

Exemplos comuns de riscos psicossociais:

  • Sobrecarga de trabalho, jornadas excessivas ou metas inatingíveis;
  • Falta de apoio da liderança ou entre colegas;
  • Assédio moral ou sexual;
  • Ambiguidade de papéis e ausência de clareza nas responsabilidades;
  • Falta de reconhecimento e recompensas injustas;
  • Isolamento social ou excesso de competitividade interna.

Esses fatores geram estresse crônico, ansiedade, depressão e até o esgotamento profissional (burnout), impactando diretamente a produtividade, o absenteísmo, rotatividade e, é claro, a qualidade de vida do colaborador. Por isso, sua identificação e controle passaram a ser uma obrigação regulatória, além de uma medida essencial para o bem-estar organizacional.

A inclusão desses riscos na NR-1 coloca a saúde mental no mesmo patamar de importância dos demais agentes de risco (físicos, químicos, biológicos e ergonômicos), exigindo das empresas uma abordagem sistêmica e preventiva.

O que as empresas precisam fazer para se adequar?

A atualização da NR-1 exige que a adequação das empresas siga uma abordagem estruturada e multidisciplinar. Veja os principais passos:

a. Diagnóstico inicial

Realizar uma análise do ambiente organizacional para identificar situações de risco psicossocial. Isso pode ser feito com uso de pesquisas de clima, entrevistas, grupos focais e análise de indicadores como turnover e absenteísmo.

b. Compatibilização do PGR a atualização da NR-1

O inventário de riscos ocupacionais deve ser revisado para incluir os fatores psicossociais. É necessário registrar os riscos identificados, classificá-los e propor ações de controle no plano de ação.

c. Envolvimento do RH, T&D e lideranças

As áreas de Recursos Humanos, Treinamento & Desenvolvimento e as lideranças devem atuar juntas na implementação de ações de prevenção, como programas de bem-estar, canais de escuta ativa, mediação de conflitos e treinamentos.

d. Comunicação e sensibilização

É fundamental informar os colaboradores sobre os riscos psicossociais, suas consequências e o papel de cada um na construção de um ambiente mais saudável.

e. Registro e acompanhamento

Todas as ações precisam ser documentadas, com indicadores que permitam avaliar a efetividade das medidas adotadas.

Qual o papel do RH, T&D e lideranças na gestão dos riscos psicossociais?

O RH assume papel estratégico na construção de políticas e práticas voltadas ao bem-estar. Cabe a essa área:

  • Sensibilizar a alta gestão sobre a importância da prevenção;
  • Desenvolver programas de qualidade de vida no trabalho;
  • Garantir que os treinamentos incluam temas como inteligência emocional, empatia e saúde mental;
  • Oferecer suporte psicológico, quando possível;
  • Criar uma cultura de escuta e respeito mútuo.

Já a área de T&D pode estruturar conteúdos educativos para diferentes níveis da organização, reforçando a compreensão dos riscos psicossociais e das medidas de prevenção.

As lideranças, por sua vez, têm o dever de fomentar um ambiente seguro e acolhedor no dia a dia, identificando sinais de sofrimento e promovendo diálogos abertos com as equipes.

Como o treinamento online pode apoiar esse processo?

A NR-1 permite que treinamentos sobre segurança e saúde no trabalho sejam realizados por plataformas de ensino a distância (EAD), desde que respeitados os critérios definidos na norma.

Com o uso de uma plataforma LMS (Learning Management System), é possível:

  • Disponibilizar conteúdos específicos sobre riscos psicossociais;
  • Treinar gestores e colaboradores em larga escala, com flexibilidade de tempo e local;
  • Acompanhar o progresso individual dos participantes;
  • Emitir certificados automaticamente;
  • Gerar relatórios e indicadores para auditorias e comprovações de conformidade.

Além disso, o uso de recursos interativos, gamificação e vídeos pode aumentar o engajamento e a retenção de conhecimento, tornando o treinamento mais eficaz.

Dica: Use uma plataforma de treinamento corporativo que permita registrar, acompanhar e comprovar ações educativas e preventivas.

Por que não esperar até 2026 para agir?

A maior barreira para a implementação eficaz da nova NR-1 não está nos formulários ou prazos, mas sim na profunda transformação cultural que a NR-1 demanda. Além disso, padrões consolidados — como piadas de mau gosto ou o silêncio diante do sofrimento — tendem a passar despercebidos. Portanto, postergar significa reforçar crenças limitantes em vez de desconstruí-las.

A urgência de um processo lento

De fato, mudar mentalidades não acontece da noite para o dia. Por isso, iniciar já possibilita criar um programa de conscientização que reserve tempo para reflexões profundas. Dessa forma, cada colaborador pode questionar seus próprios vieses e adotar novas perspectivas, sem pressa e com segurança.

Evitando “checklists” superficiais

Entretanto, se aguardarmos a fiscalização, corremos o risco de investir apenas em treinamentos apressados e listas de verificação. Isso raramente gera espaços de segurança psicológica real — lugares onde dizer “hoje não estou bem” não seja considerado fraqueza.

Engajamento e mudança de hábitos

Por fim, antecipar ações envolve lideranças e equipes desde já. Assim, treinamos gestores para identificar sinais de esgotamento, esclarecemos dúvidas em situações reais e fornecemos ferramentas práticas (como questionários validados e dinâmicas). Como resultado, construímos novos hábitos de valorização da saúde emocional, tão importantes quanto o cumprimento de metas numéricas.

Conclusão: Como a atualização da NR-1 impacta sua empresa e como se preparar

A atualização da NR-1 representa um avanço importante na proteção da saúde integral dos trabalhadores. Com a inclusão dos riscos psicossociais no PGR, o desafio das empresas agora é ir além da conformidade legal e promover ambientes de trabalho emocionalmente seguros.

A tecnologia pode ser uma grande aliada nesse processo. Com a plataforma LMS da Líteris, você capacita sua equipe, gerencia treinamentos com eficiência e comprova conformidade com facilidade.

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