Não é novidade que a Adobe Flash chegou ao fim no último dia 31 de dezembro de 2020. Sendo assim, se você ainda tem conteúdos em Flash, essa é a última chamada para converter Flash para HTML5. Caso contrário, perderá todo o material do treinamento.
É hora de dar tchau para o Adobe Flash

Como pode ver na caixa de diálogo. Suas opções são desinstalar agora ou desinstalar depois, de uma forma ou de outra, já não funciona mais.
A Adobe encerrou o programa em dezembro de 2020. A decisão tomada em 2017, não motivou, na época, muitas organizações a atualizarem seus conteúdos de treinamento. Contudo, a conversão foi gradual, e ainda temos aqui e ali alguns conteúdos em Flash.
Há anos o Flash vem recebendo constantes críticas de especialistas e personalidades do ramo de tecnologia. Steve Jobs foi um dos que, em 2010, veio a público justificar o motivo pelo qual a Apple não incluiu o suporte ao Adobe Flash nos iPhones e iPads. Uma das principais justificativas era pelo fato do Flash não acompanhar uma nova era na qual as pessoas acessam a internet por diferentes dispositivos móveis, e não mais só o desktop. Tendo em vista que o programa não era suficientemente adaptável aos dispositivos móveis. Além de alegações quanto a vulnerabilidades a respeito da segurança do Flash.
Inicialmente a Adobe chegou a contra argumentar e a se defender das críticas, mas pouco a pouco o Flash foi se tornando obsoleto no mercado de tecnologia móvel. E assim, a Apple, e em seguida todas outras empresas, passaram a adotar o HTML5, alegando ser mais aberto, adaptável e seguro.
Coincidência ou não, o HTML5 veio a se tornar o atual padrão do mercado. Inclusive, atualmente é utilizado como padrão por empresas como Samsung, Netflix, LG, entre outras gigantes. E agora, com o fim do Adobe Flash, o que nos resta é converter, o quanto antes, todo o material em Flash para HTML5.
O que é o HTML5
Para comparação, o Flash para o usuário é um plugin instalado no navegador que permite ler conteúdos em Flash. Essa leitura significa traduzir o que está em linguagem Flash para a linguagem que o navegador entende. No entanto, o usuário precisava instalar esse plugin antes, e atualizá-lo eventualmente.
O HTML é a sigla do nome da linguagem nativa dos navegadores usada para formatar o conteúdo na tela. Ou seja, para montar a interface para o usuário. Quando a versão 5 virou um padrão, e os navegadores se apropriaram dessa versão, essa passou a ser a “língua” nativa de todos navegadores. Não é mais necessário tradutor.
Os navegadores dos smartphones e tablets, iOS e Android também incorporaram essa versão. Dessa forma hoje, o HTML5 é o padrão para conteúdos interativos em navegadores. A acessibilidade ficou muito simplificada.
É o padrão no mercado de e-learning
Ainda que o Adobe Flash tenha tentado se manter no mercado, o HTML5 já vinha sendo utilizado como padrão no EAD devido aos motivos citados anteriormente e somado a outros.
No entanto, para ser mais preciso, o HTML5 não só é padrão do e-learning. É o padrão para qualquer interface para ser usada em navegadores de internet como Chrome, Edge, Firefox. Finalmente os principais desenvolvedores dos navegadores e de smartphones chegaram a um consenso. E isso é muito importante para o e-learning.
Melhora o ROI do EAD
Ao converter Flash para HTML5, você evita perder o treinamento online e, portanto, todo o investimento que foi feito. Ou seja, continua tendo retorno sobre o investimento realizado no desenvolvimento do curso.
Preparado para a aprendizagem móvel
Como falamos anteriormente, o HTML5 é o atual padrão do mercado para todos navegadores, sejam Androids (Samsung, Motorola, Xiaomi – todas), iPhones (Apple), Tablets, TVs e até algumas geladeiras smart. 😉
O risco do HTML5 ter o mesmo destino do Flash é mínimo, já que diferente do Flash, o HTML5 é um padrão aberto e usado por múltiplos fabricantes e desenvolvedores. Sendo assim, um dia ele ficará obsoleto, mas dificilmente será bloqueado. Inclusive, hoje o HTML4 coexiste com o 5 naturalmente.
Sendo assim, investir na conversão de Flash para HTML5 significa investir no futuro do e-learning da organização, tendo em vista que atualmente grande parte dos acessos à internet se dão através de dispositivos móveis.
Então o que eu devo fazer agora?
Mas se está tudo resolvido, por que esse post? Então, se você não tem mais conteúdos em Flash em sua organização, parabéns. A leitura até aqui foi história para você. Ou seja, pode encerrar aqui e dormir tranquilo. Mas se você ainda tem conteúdo em Flash, ou está na dúvida, vamos lá.
1. Verifique se ainda possui conteúdos antigos em Flash
Se o seu projeto de e-learning tem alguns anos, é bem provável que em algum momento você tenha produzido ou adquirido conteúdos em formato Flash. Mas se já detectou e converteu, ótimo. Contudo, se é a primeira vez que você está pensando nisso, alerta
Esse é o momento para verificar os seus conteúdos antigos.
a. A Forma mais simples é acessando o conteúdo para ver se recebe uma mensagem de alerta parecida com esta:
b. Procure por arquivos com a extensão SWF nos arquivos do seu curso.
Se um dos dois testes der positivo, o seu conteúdo está em Flash. Caso precise manter o material, será necessário converter Flash para HTML5.
2. Recicle antigos treinamentos
Caso você tenha cursos online que foram desenvolvidos há 5 ou 10 anos atrás, é bem possível que os mesmos sejam Flash e ainda mais provável que tenham trechos de conteúdos obsoletos.
Nesse contexto, a conversão de Flash para HTML5 desses materiais se torna também uma oportunidade de reciclar conteúdos obsoletos com informações e elementos que agora fazem mais sentido. Essa é uma ótima oportunidade para revisar e renovar o acervo online da organização.
3. Converter os conteúdos remanescentes em Flash
Ainda que você tenha alguns arquivos de origem dos cursos em Flash, pode não ter todos. Ou então você pode querer converter apenas alguns de seus cursos em micro-aprendizado, enquanto outros podem precisar apenas de atualizações de conteúdo.
Existem algumas formas de fazer a “conversão”, a melhor solução depende do seu objetivo. Você pode converter cursos em Flash para HTML5 de quatro maneiras diferentes, dependendo do que deseja realizar:
I. Gravar
Cursos que você não possui o arquivo fonte poderão ser gravados em vídeo através da utilização de um software de captura de tela. E serão salvos em formato MP4, compatível com HTML5.
A utilização desta estratégia faz sentido em cursos com mínima interação e que você não pretende fazer nenhuma modificação.
II. Republicar
Caso possua os arquivos fontes de cursos desenvolvidos em versões anteriores de uma ferramenta de autoria específica, os mesmos poderão ser republicados utilizando a versão mais recente da mesma ferramenta já no formato HTML5. Exemplos de ferramentas são o Adobe Captivate, Articulate Storyline e Ispring. Esse é o cenário ideal pois requer o menor esforço de realização.
III. Reconstruir
Quando pegamos elementos do conteúdo original para reconstruir o curso novamente, utilizando uma ferramenta de autoria atual, na medida do possível, textos, imagens, vídeos e áudios são reaproveitados. Sendo assim, acaba reduzindo o custo em comparação com a construção de um novo treinamento.
Essa opção é necessária quando você não tem os arquivos fonte, ou mesmo tendo os arquivos, a ferramenta é obsoleta e não oferece publicação em HTML5.
IV. Redesenhar
É a opção mais complexa das 4 apresentadas. O curso original é tomado como conteúdo bruto. O mesmo passa novamente por um Designer Instrucional para desenvolver uma nova abordagem pedagógica, criar atividades de outros tipos, como micro-aprendizado e outros.
Faz sentido quando não só o conteúdo do treinamento original está obsoleto, mas a forma do ensino também.
Atenção!
Obs.1: Talvez você tenha percebido que a complexidade da conversão de Flash para HTML5 aumentou do “Gravar” para o “Redesenhar”. Todavia uma saída para economizar custos é converter os arquivos .swf interativos para HTML5.
Obs.2: Caso seus conteúdos possuam narração, pode ser que nos processos III e IV de conversão para HTML5 não possam aproveitar o áudio original. Desta forma, se possível, grave novamente o áudio. Caso não seja, certifique-se de que as telas possuem instruções claras para a realização do treinamento e realize a remoção do áudio antigo.
Última dica
Pode parecer óbvio mas não custa avisar, verifique a sua ferramenta de autoria.
É improvável que você ainda tenha uma ferramenta de autoria que publica apenas em Flash. Porém se estiver na dúvida, vale a pena verificar. Caso sua ferramenta realmente só tenha saída para Flash, possivelmente a versão mais nova já tenha esse recurso. Senão, pense na substituição para ontem.
A hora certa já passou
Como falamos anteriormente, chamamos de conversão para simplificar, mas a verdade é que não existe uma forma simples e automatizada de realizar o processo. No entanto, você não precisa se preocupar. Nesse momento, terceirizar a tarefa para uma empresa com expertise no mercado de EAD é o ideal.
Sendo assim, Líteris pode te auxiliar durante todo o processo. O que não dá é para você correr o risco de perder todo o seu material e ficar sem treinar os seus colaboradores em 2021.
Portanto, não deixe para última hora! Este é o momento ideal para realizar a conversão dos materiais em Flash para o formato HTML5.
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