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No primeiro post sobre videoaulas para treinamento, discutimos como nem sempre temos todos os recursos que precisamos para produzir os treinamentos que nossa equipe precisa, por isso a importância de poder produzir videoaulas de treinamento internamente quando necessário, e que para isso é necessário levar em conta alguns aspectos técnicos antes de começar a gravar.

O mais importante desses aspectos para o sucesso do treinamento, é o conteúdo – que é preparado para videoaulas através do roteiro. Hoje, vamos focar nesse importante item da criação de videoaulas.

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Seja objetivo, focando no objetivo

O primeiro passo de qualquer treinamento em EAD é derrubar a barreira emocional que paira sobre os colaboradores para com o treinamento, que e agravado quando o treinamentos é obrigatório. É quele preconceito de que o o conteúdo será chatos e prolixos. Para ajudar a afastar esse mito, só uma dica: seja objetivo!

Procure fazer introduções curtas, e começar a mostrar aplicação prática logo de início.

Conceitos e informações precisam ser passados de forma clara – principalmente se você estiver explicando a origem de uma ideia ou algo que não seja aplicável.

Uma saída é criar um documento – escrito e opcional, chamado “saiba mais”, para quem quiser se aprofundar no tema. Lembre-se do objetivo das videoaulas para treinamento e procure se ater nas informações que vão ajudar o colaborador a alcançá-lo e nada mais.

Outro cuidado é com o perfil dos alunos. O que é útil para um novo colaborador e para um antigo é diferente. É difícil agradar os dois com o mesmo conteúdo.

Roteiro de videoaula para treinamento

A preparação do conteúdo das videoaulas para treinamento precisa ser registrada em um documento. Em vídeoaulas, chamamos esse documento de roteiro. Se você der uma busca no google por roteiro ou criação de roteiro, vai achar muita coisa interessante, mas geralmente focado mais para TV e cinema. Ainda existem poucas opções e exemplos para videoaulas para treinamento, então não deixe de pesquisar para se aprofundar, mas cuidado para não se desviar do foco.

O roteiro é uma descrição do que vai “acontecer” no vídeo, todas as coisas que vão ser mostradas e faladas. Aqui na Líteris nós gostamos de ter o conteúdo técnico todo pronto separado em outro documento antes de começar a escrever o roteiro, mas se você domina o assunto, talvez prefira já ir escrevendo direto no documento final. Vamos colocar em breve um modelo em Word do formato de roteiro que utilizamos aqui. É um documento com duas colunas. Na direita colocamos o que vai aparecer na imagem, ou o que o instrutor vai fazer e na esquerda o que ele vai dizer.
Se o seu vídeo é mais conceitual, e o instrutor vai apenas falar, a coluna da direita, da imagem, vai ficar vazia a maior parte do tempo. E por outro lado, cuidado para não exagerar nos efeitos, pois pode tornar a edição muito demorada – ou cara, se você for fazer fora.

No roteiro você vai reorganizar e distribuir o conteúdo que será apresentado e descobrir a melhor maneira para fazer isto. Pergunte-se: Como torná-lo interessante para seus colaboradores? Como criar um conteúdo dinâmico? Qual deve ser o tamanho e como se preparar para gravar? Se você conhece do conteúdo tratado, algumas respostas virão naturalmente. Algumas dicas:

Dividir para conquistar – máximo de 5 minutos

Como já falamos em outros posts, cada vez mais identificamos melhores resultados no treinamento via EAD ao fazer muitas pequenas aulas do que uma única aula mais longa, com uma ou duas horas. Então procure separar o seu conteúdo em vídeos de no máximo 5 minutos. Alguns assuntos vão ficar até bem menores, com um ou dois minutos. Não tem problema as aulas terem durações diferentes. EAD é flexibilidade. Não estranhe, funciona.

Sumário na plataforma

Em plataformas flexíveis, como o Moodle, existem várias formas de publicar suas videoaulas de treinamento. Dependendo do contexto, do tipo de monitoramento que você espera. No geral, prefira publicar de forma que o aluno consiga visualizar todos os tópicos. E durante o treinamento, consiga ver o seu progresso e quantas aulas faltam para acabar.

Vinheta é ótimo, mas nem tanto

A vinheta não é um enfeite. Ela tem a função de localizar o aluno em que tópico do treinamento ele se encontra. Contudo, considerando a primeira dica, lembre que você pode fazer uma videoaula para treinamento com 10, 20 ou muito mais pequenos vídeos. Então a vinheta de abertura vai se repetir todas essas vezes. O dobro se você repeti-la no final do vídeo. Então cuidado para não cansar seu colaborador. Faça a vinheta muito curta, e cuidado com trilha sonoras muito impactante, por que depois de 10 vezes repetidas, vira tortura.

Destaque conceitos chave visualmente

Procure destacar na tela, em texto conceitos chave – no roteiro, é só colocar na coluna da esquerda. Faça o instrutor repetir esse conceito. Use uma letra grande, pois lembre que o aluno pode estar vendo no celular em uma tela pequena. Para isso você vai precisar de uma edição do vídeo complexa, certo? Não! Já participei de ótimas vídeo aulas com o professor escrevendo no quadro, ou em um flipchart. Não precisa complicar.

Imagem de uma videoaula para treinamento com quadro branco

Aqui um imagem de uma videoaula do app www.ynab.com, usando quadro branco.

 

Prepare o conteúdo para estilo do instrutor

É comum nas empresas que um colaborador, especialista no tema, seja convidado para ser o instrutor da videoaula. Mas pesar de ser especialista no assunto, ele não tem experiência em treinamento, e menos ainda em videoaulas.

Nesse caso, essa dica é ainda mais importante. Você precisa conversar com este instrutor (nesse vídeo ele vai ser o instrutor rs) e discutir sobre como ele vai lidar com o roteiro: ler, decorar e improvisar.

  • Ler: você pode fazer umas dálias impressas com fonte grande e segurar bem perto da lente. (Dália é um antigo jargão de tv usado para essa cola em papel para o apresentador ler). Você pode também usar um tablet para isso, como um teleprompter. Mesmo assim, o instrutor precisa estudar o roteiro antes, mesmo que ele domine o assunto. E cuidado, essa abordagem não funciona com todo mundo. Se a pessoa não enxerga muito bem ou é muito expansiva, sua falar pode parecer artificial, como uma daquelas propagandas políticas esquisitas.
  • Decorar: quando é um leigo no assunto e decora o que vai falar, o resultado pode ficar desanimado. Mas quando o instrutor conhece bem o tema é ótimo. E simplifica a produção! Porém nem todo mundo consegue decorar tudo, e alguns esquecem tudo assim que a câmera é apontada para ele, atrasando toda a produção. O que leva ao próximo tópico.
  • Improvisar: quando o instrutor tem experiência de treinamento e também no assunto tratado, deixá-lo improvisar pode tornar o vídeo bem mais natural e simpático. Vale, como no exemplo de ler, fazer algumas dálias, mas só com os tópicos principais para que o instrutor não pule alguma parte.

Revise em voz alta

Quem escreve o roteiro precisa testá-lo em voz alta. Muitas frases escritas soam esquisitas quando faladas. Depois de ler uma vez, você certamente vai querer reescrever algumas partes. Ler em voz alta é uma forma de testar a duração dos conteúdos, e assim fazer uma separação dos conteúdos em vídeos de forma mais precisa.

Abertura

Na abertura, na primeira videoaula, você ganha ou perde o aluno. Você precisa mostrar pra ele que ele não está perdendo tempo assistindo você (ou o seu vídeo). Apresente os ganhos para a empresa se ele aprender o conteúdo, mas também os ganhos para o próprio aluno. Isso pode parecer óbvio para você, mas nem sempre para o colaborador.

Fechamento

No fechamento funciona bem fazer um breve resumo do que foi abordado, e fazer uma chamada para aplicar no trabalho o conhecimento adquirido.

Espaço para perguntas e feedback

Se sua plataforma permitir, indique ao colaborador como entrar em contato para promover feedback ou tirar dúvidas sobre o conteúdo. As dúvidas mais frequentes podem ser adicionadas na próxima revisão do conteúdo das videoaulas para treinamento.
O feedback do colaborador é chamado de avaliação de reação. Esse feedback é informação chave para você aprimorar suas habilidades em produção de roteiros e de videoaulas para treinamento.

E o que você achou desse post? Deixe sua opinião nos comentários! E se você ainda não leu nosso primeiro post sobre videoaulas para treinamento, confira aqui!