Treinamento e desenvolvimento de colaboradores é um assunto quente dentro das instituições. E não são apenas os setores de recursos humanos que demonstram alguma inquietação em relação ao assunto. A verdade é que todos os departamentos das empresas acabam por esbarrar em algum momento nessa necessidade. Além dessa demanda por capacitação, existe também a questão das mudanças de abordagens de ensino. A sala de aula física, mesmo com toda a sua importância e especificidade, vem dando lugar ao e-learning. A modalidade de EaD acaba se tornando mais conveniente em cenários onde a falta de tempo e necessidade de adaptação a horários mais alternativos é uma realidade.
Para você ter uma ideia, prevê-se que até 2020 o mercado global de e-learning movimente mais de US$ 31 bilhões. Mas, junto disso, gestores e profissionais de treinamento e desenvolvimento se debatem com a seguinte questão: será que o esforço necessário para um investimento em treinamento vale mesmo a pena?
A resposta a essa pergunta se torna bastante simples, uma vez que não faltam estudos na área que comprovam a importância de possuir recursos humanos capacitados. Em um artigo completo sobre o tema, publicado no International Journal of Science and Research, o pesquisador responsável da área de Recolocação de Recursos e Treinamento, revela a existência de uma relação intensa entre a qualidade de formação e capacitação dos funcionários e a sua produtividade. A segunda questão está relacionada com os timings para iniciar ou promover ações de treinamento e desenvolvimento. Como eu sei que a capacitação é a resolução para o problema x, y ou z? Quais são os sinais de que a equipe, em termos de competências, está aquém do que seria esperado? Quais os indicadores de uma formação insuficiente ou ineficiente entre os meus funcionários?
Para responder a essas perguntas, preparamos uma lista dos sinais de alerta dentro da sua empresa, que indicam necessidade de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores.
1. Metas estabelecidas para os setores não são atingidas
Este é um sinal genérico de que existe uma lacuna no treinamento e desenvolvimento, mas constitui um bom ponto de partida para quem quer implementar um plano de capacitação de pessoal. Será que colaboradores sabem exatamente que metas atingir? Será que está bem claro dentro da instituição, o papel de cada um? Será que as competências de cada integrante da instituição estão alinhadas com seus cargos e até mesmo com suas expectativas? Nesses pequenos grandes questionamentos, pode surgir uma janela aberta de excelentes motivos para usar a formação de recursos, como estratégia!
2. Redução do número de vendas
Trata-se de um indicativo numérico bastante relevante e com grande impacto para toda a empresa. Por que cabe aqui a introdução de treinamento e desenvolvimento? As razões são diversas mas podem passar por os profissionais não estarem utilizando técnicas de venda apropriadas, não saberem fazer o gerenciamento de relação com o cliente convenientemente, não estarem focando no público-alvo certo, entre outros.
3. Baixo engajamento dos funcionários em atividades ou projetos propostos pela direção
Um engajamento deficiente, sempre é sinônimo de resultados pouco satisfatórios. Nesse contexto, faz-se crucial uma análise sobre esse fraco compromisso e envolvimento. Será que o colaborador não se sente valorizado pela instituição? Que recursos temos para aumentar a motivação? Como reverter a situação num curto espaço de tempo? Nas respostas a essas perguntas, o treinamento e desenvolvimento se transforma em algo quase obrigatório.
4. Aumento no número de faltas
Quando o colaborador é assíduo e se repente ocorre uma mudança nesse padrão de comportamento, a empresa deve encarar o fato como um sinal de alerta e não apenas como simples descaso do funcionário. Pouca motivação e sentimentos de falta de enquadramento e missão dentro da instituição são, grande partes das vezes, o cerne do problema.
5. Aversão à mudança
A aversão à mudança é típica em cenários profissionais estagnados e com pouca novidade. para esse ponto, vale uma reflexão mais profunda, sobre a visão global da empresa, passando por questões como políticas corporativas e cultura empresarial.
6. Retrabalho por problemas em processos
Esse é um clássico da necessidade urgente de treinamento e desenvolvimento e é um motivo de grandes transtornos dentro das empresas. Nesses casos é fundamental avaliar se os processos tem problemas, se os envolvidos no processo conhecem e entendem seus papéis no mesmo e se existe suporte adequado quando surgem dúvidas ou hesitações.
7. Alta rotatividade de pessoal
Alta rotatividade é um problema bastante comum nas empresas, porém muito negativo. É fundamental avaliar os reais motivos pelos o colaborador deixa a empresa e mitigá-los um a um. Casos de desligamentos por baixa performance e engajamento, já citados acima, podem ser aprimorados com treinamento treinamento e desenvolvimento. Já a tendência dos próprios profissionais optarem por deixar a empresa, pode ser a consequência de problemas como falta de perspectiva de crescimento, cultura organizacional, problemas com a liderança, ausência de reconhecimento e por aí vai. Quantos desses itens podem ser impactados por treinamento, do próprio colaborador, ou do seu gestor direto? A alta rotatividade tem custos total elevado no médio prazo para empresa.
8. Conflitos com a liderança, colegas ou departamentos
Falando em conflitos internos, eles representam um enorme transtorno para as organizações. Mesmo que muitas vezes os conflitos não levem a desligamentos, ainda mais em um cenário de crise, eles sempre tem um forte impacto negativo na a produtividade e foco no que é realmente importante. Os sintomas mais óbvios são a redução da quantidade e qualidade das comunicações internas. Nessas situações a capacitação em diferentes vertentes é, sem dúvida, uma poderosa maneira de minimizar danos.
9. Redução da diferenciação em relação aos concorrentes
Já teve o feeling que apesar de ter uma equipe muito forte, trabalhando em ações de melhoria constante parece que seus clientes cada vez mais veem sua empresa ou seu produto como mais um? De fato é uma tendência em todos mercados, e por isso os caminhos para se diferenciar com poucos recursos, dependem da criatividade e proatividade da sua equipe. E além do engajamento citado no item 3, é necessário atualizar constantemente o nosso time. Um exemplo, em 2016, vários de nossos clientes dos mercados mais diversos, como engenharia, farmacêutica e comunicação, fizeram capacitações para todos departamentos em conhecimentos como cultura digital.
10. Os colaboradores são especializados mas o conhecimento não está sendo corretamente aplicado
Nos últimos 20 anos houve um boom do mercado acadêmico aqui no brasil. Temos MBAs de todas as cores e formatos. E com isso muitos previam (ou vendiam) que o padrão de efetividade seria multiplicado. Infelizmente identificamos outros problemas. Os mercados, regulamentação, processos, tecnologias estão cada vez mais segmentados e específicos. O estudo formal é muito valioso, mas é o fundamento. Boa parte do conhecimento chave é aprendido no trabalho. Porém demora bastante. Mesmo com tanta gente graduada, cada vez mais ouvimos sobre gestão de conhecimento, trilhas de aprendizado e etc. As ações de treinamento e desenvolvimento são a principal forma de acelerar esse processo.
Não restam dúvidas de que treinar de forma constante é a chave para o aprimoramento de cada colaborador e para garantir um melhor desempenho da organização.
Esquecemos algum exemplo? Ou você identificou algum desses na sua empresa? Compartilhe com a gente qual desses pontos você acredita ser mais relevante para ser abordado em treinamento.