Imagine o seguinte cenário: empresa a todo vapor em fase de lançamento de um novo produto (ou serviço), você gestor, com mil tarefas a fazer, gente entrando e saindo da sua sala várias vezes ao dia, cobranças, pressão, prazos, metas (ufa!)…
Sabemos que mais do que nunca as empresas estão usando toda a criatividade disponível para fidelizar e conquistar mais clientes. E afetadas financeiramente pela crise, ficam obrigadas a “enxugar a máquina”. Mas é exatamente nesse ponto que queremos chegar. Enxugar custos no treinamento convertendo treinamentos presenciais para e-learning.
Em épocas em que reduzir custos internos, enxugar despesas extras e otimizar os processos são ações urgentes em qualquer organização, a dica é criar treinamentos de forma que tenham vida longa e possam ser reaplicados, reeditados e revisados por tempo indeterminado. Estamos de acordo que o e-learning pode ser a ferramenta-chave para viabilizar seus treinamentos? Então aprenda a converter seus treinamentos presenciais para e-learning, siga lendo:
O que esse processo de conversão não é?
Antes de você começar a colocar a “mão na massa”, vale ressaltar que converter treinamentos presenciais para e-learning não uma coisa automática, como converter músicas do CD para Mp3. Como, por exemplo, importar um arquivo PDF em programa exportar em outro formato automaticamente didático. Também não é um processo de copiar textos e colar em um apresentação em powerpoint que será exibida nos computadores dos funcionários. Para fazer e-learning de qualidade existem outros fatores que você precisa levar em conta. Abordamos esses assuntos em artigos anteriores, veja alguns abaixo:
- Briefing de treinamento bem feito: o primeiro passo para um treinamento que dá resultado
- Design Instrucional – Como aplicar, na prática, algumas teorias de aprendizado
- Aprenda a montar uma matriz de treinamento (tem template para baixar!)
- Quer ajuda para implantar seu e-learning?
Agora sim, vamos adiante!
Antes de começar você tem o conteúdo?
O conteúdo é um dos principais componentes de qualquer treinamento. Mas quando se tem apenas experiência com treinamento presencial, é fácil deixá-lo em segundo plano. Isso porque no modelo presencial temos o instrutor, o especialista. E armazenado na mente do especialista existe um backup do conteúdo que vai ser trabalhado (afinal é bem provável que ele tenha dedicado boa parte da trajetória profissional dele a estudar sobre o tema). Em caso de problemas com o material de apoio, ele improvisa e segue no “cuspe e giz”.
Entretanto, no e-learning corporativo não é assim. Em projetos elaborados para serem executados à distância, o instrutor é apenas um apoio (e às vezes nem temos o suporte do instrutor). Por isso, (meu caro Watson) precisamos do conteúdo todo documentado.
E talvez você pense “Eu tenho o conteúdo, está tudo no powerpoint!” Será que está mesmo? Vamos analisar.
Bons instrutores usam o powerpoint como apoio visual, não como cola. E com isso é comum um instrutor experiente passar minutos falando “de cabeça” sobre o mesmo slide que tem apenas 2 frases, ou até menos, uma foto apenas.. Ou seja, o seu conteúdo não está naquele slide.
Captar o conteúdo do especialista não é só o primeiro passo que você precisa dar para desenvolver o treinamento e-learning, é também uma maneira inteligente de resguardar (armazenar) o conhecimento da empresa. Se acontecer algo com esse colaborador (aquele que dava o curso presencial) – vamos chamá-lo de “backup”, o conhecimento fica perdido.
Por isso, na hora de pensar a elaboração do seu conteúdo e as formas de armazená-lo é preciso todo cuidado.
Avalie o treinamento presencial
Você já sabe que vai começar algumas ações que o levarão a mudar a maneira como seus colaboradores aprendem: do presencial para o online. E já sabe que para isso existem mil possibilidades. Antes de fazer a mudança, é importante avaliar o treinamento em questão e observar o seguinte:
Quais são os pontos de sucesso do seu treinamento?
Destaque tudo que está funcionando no seu projeto atual. Eles devem ser mantidos na sua versão online. Se houver alguma atividade imprescindível que não é possível ser feita online, você pode usar a estratégia de misturar ambos: o blended learning.
O que não está funcionando?
Identifique os pontos críticos que precisam ser melhorados. Você vai precisar olhar com calma para cada um, e encontrar soluções de mudança ou ajuste para que eles venham a funcionar no universo online. Se for preciso excluir algo, exclua.
O que pode ser incrementado ao seu treinamento no formato e-learning?
Esse é um ótimo ponto. Existem atividades que não eram viáveis na versão presencial por limitações de tempo, quantidade de pessoas, horário. Busque insights para tornar seus cursos mais agradáveis, interessantes. Usar o microlearning ou o gamification pode deixar tudo muito mais atrativo para o colaborador.
Fazendo a conversão do treinamento presencial para e-learning
Agora que seu checklist está pronto é só continuar!
Passo 1: Decida qual será o formato final do treinamento
Mesmo que o modelo e-learning seja cheio de pontos positivos, pode ser que para o seu caso específico seja necessário algum tipo de interação presencial. Talvez para um momento de tirar dúvidas, ou mesmo para avaliações, não importa. O que queremos é que você olhe para o projeto (como um todo) e entenda como ele irá funcionar melhor. Seu treinamento pode ficar perfeito 100% online, ou pode se enquadrar melhor no formato blended .
Vai ter um instrutor disponível para atividades e tirar dúvidas? Se sim, podem ser criadas atividades como fóruns e exercícios dissertativos. Se não, melhor se concentrar em materiais expositivos.
Os principais formatos online são a aulaweb e a videoaula. Você pode utilizar os 2 integrados sem problemas.
Formato Aulaweb
O formato aula web de auto-aprendizado, é simplesmente o formato mais utilizado nas maiores empresas do mundo para treinamento. Ele é o preferido pois este formato maximiza os principais benefícios do e-Learning:
- O próprio aluno dita o ritmo de estudo.
- Não necessita agrupar todos os alunos no mesmo horário.
- Os cursos podem ser “estocados” e utilizados infinitas vezes.
- Possui baixo custo de atualização.
Para produzir um treinamento eficaz nesse formato, o conteúdo é trabalhado por um Designer Instrucional, também chamado de Designer Educacional. Esse profissional nada tem haver com o Designer Gráfico. Essa área é uma especialidade pedagogia. O trabalho dele é planejar o aprendizado do aluno utilizando os melhores recursos que o formato permite.
Videoaulas
É um formato muito popular, pois o planejamento é mais simples, já que se parece com o presencial. Porém nem sempre funciona filmar uma dinâmica de sala de aula. Por isso, mais uma vez o trabalho do designer instrucional é importante para garantir que as aulas sejam eficazes.
Ao mesmo tempo, ao usar videoaulas para tópicos pontuais, com vídeos curtos, garantimos uma maior probabilidade de sucesso. Mesmo sem um trabalho de designer instrucional aprofundado, existem muitos profissionais com experiência em presencial tendo ótimos resultados com videoaulas curtas.
Defina isso, antes de seguir adiante.
Passo 2: Reedite e aprimore seu conteúdo
Como já dissemos, no lugar de simplesmente copiar e colar seu conteúdo como ele está, recomendamos que você reedite os materiais. A leitura online (em tela) requer um pouco mais de objetividade. Além disso você precisa aproveitar os vários recursos do e-learning, como narração, interatividade. É o trabalho de Design Instrucional Nessa etapa você deve identificar ocasiões em que um material complementar (o famoso “saiba mais”) pode ser usado ao invés de uma série de informações longas e demoradas. Ou você pode conduzir a aprendizagem para um “aprenda na prática” e ir aprofundando conceitos de forma interativa, usando um quiz, por exemplo. Seu objetivo com essas otimizações é reduzir o tempo de “assento” do usuário.
Passo 3: Disponibilize uma gama variada de atividades
Para garantir um aprendizado coeso, você pode escolher diversas abordagens, tais como: clique para descobrir a resposta, leia mais sobre isso, hotspots, fórum de discussão e também cenários com opções complexas de tomada de decisão, por exemplo. O que você pretende com isso? Fornecer atividades interativas que estimulem o aprendizado.
Passo 4: Escolha e implemente uma estratégia de avaliação
A avaliação em e-learning, pode ser entendida sob perspectivas diferentes. Uma delas diz respeito aos efeitos diretos que o curso teve sobre a aprendizagem dos alunos. E seu objetivo é a verificação e o acompanhamento da aprendizagem para entender se os conceitos foram de fato transmitidos e absorvidos adequadamente.
A outra perspectiva é mais sistêmica e possibilita aos gestores do treinamento analisar os pontos críticos do curso e planejar melhorias. Os processos de avaliação em e-learning podem ser medidos sob diferentes pontos de vista, começando pelo nível de satisfação e engajamento dos estudantes em relação ao curso até ao impacto que ele teve na formação individual e também sobre os resultados da empresa.
Entretanto, para avaliar adequadamente é preciso setar os objetivos das avaliações. A partir dos objetivos é possível analisar se eventuais respostas das questões trarão dados úteis para a tomada de decisões.
Passo 5: Decida qual será a sua plataforma
A etapa de escolha da plataforma é muito “particular” de cada empresa.. Ela muda conforme o critérios de cada empresa, da demanda, e do tipo de projeto. Você pode começar de diversas maneiras, entretanto, para um processo de ensino aprendizagem mais robusto e efetivo. sugerimos que você conheça um pouco mais da nossa Plataforma LMS.
Plano de conversão elaborado? Agora é só começar os trabalhos. Se você precisar de ajuda para avaliar seu treinamento e para decidir qual a melhor maneira de fazer a exposição para seus colaboradores chame um de nossos especialistas. Clique abaixo para agendar sua call!