Treinamento eficiente para
uma performance excelente.

Receba atualizações, artigos e dicas imperdíveis
para ter grandes resultados com o seu treinamento.
(é Grátis)

 

Andragogia no Treinamento Corporativo: O que é, Princípios e Como Aplicar nas Empresas

Afinal, você já parou para pensar que adultos aprendem de forma diferente das crianças? No contexto corporativo, entender essa diferença pode ser, de fato, o fator-chave para aumentar o engajamento e a efetividade dos treinamentos. É aí que entra a andragogia no treinamento corporativo — uma abordagem centrada no adulto como protagonista do próprio aprendizado. Neste post, você vai entender o conceito, os princípios e como aplicá-lo nas práticas de T&D da sua empresa.

O que é Andragogia e por que ela importa para o RH

Conceito de Andragogia

Em primeiro lugar, Andragogia é o termo usado para designar as práticas e princípios da educação voltada para adultos. O conceito, que foi popularizado por Malcolm Knowles, que argumentou que os adultos aprendem de forma diferente das crianças e, por isso, necessitam de métodos próprios.

Diferente da pedagogia, que se baseia em ensino dirigido pelo professor, a andragogia promove um aprendizado mais autônomo, prático e centrado na experiência prévia do aluno.

Diferença entre pedagogia, andragogia e heutagogia

Diferença entre pedagogia, andragogia e heutagogia

  • Pedagogia: voltada para crianças, com foco em instrução guiada.
  • Andragogia: voltada para adultos, com foco na autonomia e na aplicabilidade do conteúdo.
  • Heutagogia: aprendizagem autodirigida, em que o indivíduo define o que e como aprender — cada vez mais comum no mundo corporativo, principalmente em plataformas digitais como LXP e EAD.

Assim, para o RH e o setor de T&D, compreender essas diferenças é fundamental para desenhar treinamentos mais eficazes e personalizados.

Princípios da Andragogia, segundo Malcolm Knowles

Malcolm Knowles, como já vimos, um dos principais estudiosos da aprendizagem de adultos, definiu seis princípios fundamentais da andragogia. Esses princípios, portanto, ajudam a entender como o adulto aprende melhor, sendo um guia prático para a construção de treinamentos corporativos eficazes:

1. Necessidade de saber:

Adultos precisam entender por que precisam aprender algo. Ou seja, diferente de crianças, eles valorizam o conhecimento que impactam e tem aplicação direta e imediata no trabalho ou na vida.

Na prática, em treinamentos empresariais, é importante começar explicando os benefícios reais daquele conteúdo, por exemplo: “Você vai aprender essa técnica porque ela vai melhorar sua produtividade em 20%”.

2. Autoconceito do aprendiz

Adultos se enxergam como autônomos e independentes. Sendo assim, eles preferem assumir o controle sobre o que aprendem, como aprendem e em que ritmo aprendem.

Por isso, ofereça trilhas personalizadas, escolha de módulos e autonomia de ritmo em plataformas de EAD.

3. Experiência prévia como recurso

Adultos trazem consigo um acervo valioso de experiências. Portanto, quando o treinamento reconhece e aproveita essas vivências, o aprendizado se torna mais significativo.

Logo, use estudos de caso reais, fóruns de discussão e exercícios baseados em problemas do cotidiano corporativo.

4. Prontidão para aprender

O adulto aprende melhor quando está diante de um desafio real ou oportunidade de crescimento. Isto é, a aprendizagem precisa estar conectada a metas profissionais.

Assim, vincule o conteúdo a situações do cargo atual ou de uma futura promoção. Isso ativa o senso de urgência e relevância.

5. Orientação para a aprendizagem

Adultos aprendem melhor com abordagens orientadas a problemas, e não conteúdos puramente teóricos.

Dessa forma, estruture o conteúdo com base em situações-problema, simulações e role plays, especialmente em temas como atendimento ao cliente, vendas, liderança ou segurança do trabalho.

6. Motivação para aprender

A motivação dos adultos vem, em grande parte, de fatores internos: crescimento profissional, autoconfiança e realização pessoal.

Portanto, valorize conquistas com certificados, gamificação e feedback positivo, reforçando o progresso individual do colaborador.

Benefícios da Andragogia no Treinamento Corporativo

Implementar a andragogia no T&D traz vantagens claras para empresas que desejam treinamentos mais estratégicos, engajadores e alinhados ao negócio:

1. Aumento do engajamento

Colaboradores se envolvem mais com treinamentos que fazem sentido para sua realidade, pois quando eles entendem a utilidade e têm liberdade no processo, a adesão e a participação ativa aumentam.

2. Retenção de conteúdo e desempenho

Treinamentos andragógicos são mais experienciais e contextualizados, o que resulta em melhor absorção de conhecimento e aplicação prática no dia a dia.

3. Economia de tempo e recursos

Ao adaptar o conteúdo à realidade do colaborador, evita-se desperdício com treinamentos longos e pouco efetivos. Os módulos são mais diretos, e o retorno sobre o investimento (ROI) melhora.

4. Maior protagonismo e autonomia

A andragogia estimula o aprendizado contínuo e autônomo, o que ajuda a formar uma cultura de aprendizagem dentro da organização, com profissionais mais proativos no desenvolvimento de suas habilidades.

5. Melhoria nos indicadores de T&D

Com mais engajamento, melhor retenção e aplicação prática, indicadores como conclusão de trilhas, avaliações de reação, aprendizagem e performance pós-treinamento tendem a subir.

Como aplicar a Andragogia em treinamentos empresariais

Para começar, colocar a andragogia em prática no contexto corporativo exige mais do que conhecer seus princípios teóricos. É preciso transformar esses fundamentos em ações concretas durante o planejamento, execução e avaliação dos treinamentos, porque somente assim a andragogia torna os programas de capacitação mais relevantes, engajadores e eficazes — o que impacta diretamente nos resultados da organização.

A seguir, veja como adaptar suas estratégias para respeitar a forma como os adultos aprendem no ambiente de trabalho.

1. Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT)

Antes de criar qualquer conteúdo, faça um diagnóstico (LNT) com base nas lacunas de desempenho reais. Dessa maneira, o conteúdo terá relevância prática, o que é fundamental para o adulto.

2. Segmentação de trilhas por perfil

Agrupe os conteúdos por nível de experiência, área de atuação ou desafio enfrentado e evite pacotes únicos e padronizados, pois adultos querem se sentir reconhecidos em sua individualidade.

3. Flexibilidade e autonomia com EAD

Plataformas LMS modernas permitem que o colaborador escolha quando e como consumir o conteúdo. Isso respeita o princípio do autoconceito e se adapta à rotina intensa dos profissionais.

4. Inserção de elementos interativos

Use quizzes, jogos, simulações e fóruns para estimular a participação e o senso de protagonismo. Além disso, a gamificação pode ser uma aliada poderosa nesse processo.

5. Feedbacks personalizados

Avaliações devem gerar retorno imediato e útil ao colaborador. Ou seja, diga o que foi bom, o que pode melhorar e como seguir em frente, pois adultos valorizam feedbacks práticos e respeitosos.

6. Medição de resultados

Acompanhe indicadores como taxa de conclusão, avaliação de aprendizado, retenção de conhecimento e impacto no desempenho. Assim, garante-se que a andragogia esteja a serviço dos objetivos do negócio.

Exemplos práticos de Andragogia nas empresas

Para além da teoria, a andragogia se destaca quando aplicada em situações reais do cotidiano corporativo. Nesse sentido, diversas áreas podem se beneficiar de treinamentos mais alinhados ao perfil do adulto, promovendo aprendizado ativo e aplicação imediata.

A seguir, veja como diferentes empresas estão colocando a andragogia em prática — seja no onboarding, na liderança, no compliance ou em treinamentos técnicos — e colhendo melhores resultados em engajamento e desempenho.

1. Onboarding mais eficaz

Ao invés de apenas repassar informações, ofereça trilhas de integração com vídeos curtos, quizzes interativos e desafios práticos. Por exemplo: “Simule uma venda no seu primeiro dia.”

2. Treinamentos técnicos ou de compliance

Use simulações de problemas reais, como falhas de atendimento, desvios de conduta ou rotinas operacionais. Além disso, adicione uma narrativa e permita que o colaborador tome decisões.

3. Desenvolvimento de liderança

Aplique estudos de caso reais da empresa e promova discussões em grupo para troca de experiências entre líderes, enquanto incentiva projetos práticos com aplicação imediata.

4. Segurança no trabalho (SST)

Ao invés de treinamentos expositivos, aplique cenários de risco gamificados, onde o colaborador precisa tomar decisões rápidas e analisar as consequências.

5. Trilha de crescimento profissional

Crie jornadas de aprendizagem com foco em promoção interna. Por exemplo: “Trilha para se tornar coordenador de equipe”, com conteúdo específico, avaliações práticas e mentoria.

Conclusão e próximos passos

Com isso em mente, adotar a andragogia no treinamento corporativo é mais do que uma tendência: é uma necessidade diante de um mercado cada vez mais exigente e ágil. Sendo assim, RHs e profissionais de T&D que aplicam esses princípios conseguem treinar com mais eficiência, engajar colaboradores e gerar resultados reais.

Entre em contato com a Líteris

Quer saber como aplicar a andragogia usando uma plataforma LMS completa e intuitiva? Fale conosco e transforme o aprendizado na sua empresa!